A teoria smithiana do valor é apresentada eliminando-se aspectos confusos autoritariamente agregados pela visão ricardiana. Inicia com exposição sistemática sobre a determinação dos preços de mercado para Smith e, depois, sobre o trabalho comandado como medida do valor, relacionando-o com o conceito smithiano de riqueza. Discute-se a problemática das supostas independências recÃproca das remunerações e existência de cÃrculo vicioso. Finalmente, apresenta-se explicação para a denominada “mágica” de Smith, que consiste em sustentar que valor e excedente são produtos exclusivos do trabalho, mas que o lucro não é resultado da exploração; todo trabalho aparece como pago em sua teoria.
Revista Economia - Ensaios, v. 12, nº 2 - v. 13, nº 1, pp. 153-180. Uberlândia, dezembro de 1998 (editada em 1999).